Trecho interditado da BR-277 no sentido litoral está ‘geologicamente comprometido’, avalia DNIT; não há previsão de liberação da rodovia

Obras para desvio de trânsito começaram no local nesta quarta-feira (8). Parte da pista afundou e rachaduras apareceram na terça (7), no km 33,5. O trecho da BR-277 interditado no sentido litoral, em Morretes, está geologicamente comprometido, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O órgão mandou geólogos ao local após rachaduras aparecerem no quilômetro 33,5 da pista, na terça (7).
A interdição da rodovia, principal ligação com o Porto de Paranaguá, começou na madrugada desta quarta-feira (8). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há previsão de liberação.
O DNIT informou que as fendas e o afundamento da pista aconteceram em decorrência das chuvas. As maiores das rachaduras estão entre a faixa da direita e o acostamento.
Na manhã desta quarta, uma empresa contratada pelo DNIT colocou massa nas fendas para tentar diminuir a infiltração. No barranco da rodovia, foram colocadas lonas para proteger a área. Ainda assim, o terreno continua cedendo.
Obras de desvio
Nesta quarta também começaram as obras para retirar muretas de proteção na BR-277 e construir um desvio que concentrará o tráfego dos dois sentidos em uma única pista. O trabalho é acompanhado pela PRF.
“Temos que encontrar o melhor momento, a melhor parte da rodovia onde seja possível a transposição de uma pista para a outra. Hoje nós localizamos isso e vai gerar um percurso de aproximadamente 700 metros que vai ser necessário rodar em pista simples”, disse o policial rodoviário federal Kaio Simões.
Fila no pedágio onde está o bloqueio na BR-277 é grande
A interdição
Na terça (7), após as rachaduras aparecem, a PRF interditou parcialmente a pista. Horas depois, anunciou a interdição total do trecho no sentido litoral.
A extensão do bloqueio é de 500 metros.
Afundamento na estrada aconteceu nesta terça-feira (7)
PRF
Desde o final de 2022, a mesma região tem tido lentidão no sentido litoral por conta de obras de reparo da estrada, atingida por um grande desmoronamento de pedras há cinco meses.
Em fevereiro deste ano, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) disse que a obra na altura do km 41 tinha entrado na fase final, mas não deu prazo para a conclusão.
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