Dia Mundial do Teatro é comemorado em 27 de março. Cerimônia de inauguração também será marcada pela divulgação do nome oficial do espaço, que fica na área do Theatro São Pedro. Teatro Oficina do Multipalco Eva Sopher, em Porto Alegre
Divulgação
O Teatro Oficina do Multipalco Eva Sopher, espaço localizado na área do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, será inaugurado nesta segunda-feira (27), data que marca também o Dia Mundial do Teatro.
O local, destinado a espetáculos e propostas experimentais, tem capacidade para 120 espectadores e pode ser moldado de acordo com o perfil da produção, com arquibancada, arena ou com público de pé ou sentado no chão, além de outras possibilidades.
Na noite de inauguração, também será revelado o nome oficial do teatro, após votação pública que acontece desde fevereiro no site e redes sociais do Theatro São Pedro. Os nomes cotados para dar nome ao novo espaço são Carmen Silva, Irene Brietzke, Ivo Bender, Mauro Soares e Olga Reverbel.
O fim das obras se deu a partir de recursos do governo do RS, através do Projeto Avançar na Cultura O projeto arquitetônico é de Júlio Collares e Dalton Bernardes, e a programação artística é de responsabilidade de de Marcelo Filgueiras, Cris Carvalho e Mariana Abascal.
A inauguração do Teatro Oficina terá a estreia da peça “O Homem e a Mancha”, às 19h, com texto de Caio Fernando Abreu, direção de Aimar Labaki e interpretação de Marcos Breda. O evento será apenas para convidados.
O restante da programação está aberta para o público e têm ingressos à venda no site www.teatrosaopedro.rs.gov.br. Veja a programação completa abaixo.
Festival Teatro Oficina
Segunda-feira, 27 de março
18h – Cerimônia de inauguração (evento fechado para convidados)
Antes do evento, haverá uma visita guiada ao complexo cultural Multipalco Eva Sopher pelo presidente da Fundação Theatro São Pedro.
19h – O Homem e a Mancha (espetáculo fechado para convidados)
Com texto de Caio Fernando Abreu, o monólogo volta a ser estrelado pelo ator gaúcho Marcos Breda, o mesmo da montagem original, que estreou em 1996. Na releitura, com o auxílio da tecnologia, Breda revive e, ao mesmo tempo, dialoga com o personagem dos anos 90, transitando entre a história de diferentes personagens. Dentre eles, um ator à procura de um personagem, um aposentado solitário que se isola do mundo, um homem obcecado por uma mancha na pele e Dom Quixote, o cavaleiro da triste figura. A direção é de Aimar Labaki e após essa apresentação o ator irá viajar em turnê com este espetáculo.
Terça-feira, 28 de março
19h – Macbeth in Pop: Guerras Urbanas!
Propõe através da narrativa Shakespeariana, uma problematização do espaço urbano a partir dos dispositivos da cena e do contemporâneo em que sua linguagem de encenação opera. Com isso, tenta criar um diálogo entre atores e espectadores de forma em que as fronteiras da quarta parede sejam rompidas e o espetáculo aconteça ainda mais próximo do público, tornando-o membro itinerante da encenação, uma vez que o espetáculo propõe o deslocamento da plateia de um lugar para o outro. Macbeth in POP: Guerras Urbanas, fala sobre ganância, poder, traição e sobre a perversidade da alma humana, revelando o trágico de nossas humanidades.
A montagem conta com dramaturgia e direção de Henrique Leal, realização do Grupo Teatral 1º A.T.O e foi vencedora do 16º FESTCARBO 2022 na categoria espetáculo adulto. A co-produção é da Secretaria Municipal de Cultura do Município de Arroio dos Ratos.
Elenco: Franco Mendes, Giselle Fruffreck, Jeferson Hertzog, Taila Coelho, Jussanã Marques, Matheus Sousa, Carine Machado, Rickelme Couto, Alice Dalpiaz e Alan Santos.
Quarta-feira, 29 de março
19h – Luciano Leães
Com músicas de seus discos e músicas inéditas, o show pretende reconectar o passado, o presente e o futuro, desmembrados outrora pelo COVID19. Será um espetáculo para relembrar os bons momentos de seus quase 30 anos de carreira e o que ainda está por vir. Uma noite especial de um dos principais pianistas do país quando o assunto é blues, jazz e R&B. O show traz a participação dos músicos Ronaldo Pereira, Bruno Nascimento, Júlio Rizzo, Ronie Martinez, Edu Meirelles, Vicente Guedes e Solon Fishbone. Co-produção com a Diretoria Cultural da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Quinta-feira, 30 de março
18h – Sessão de autógrafos do lançamento do livro F.A.C.A.S.
Organizado por Alfredo Aquino, com fotografias de Elis Vasconcellos
18h – Exposição Fronteira
Mostra com fotografias de Elis Vasconcellos no Saguão do Multipalco
De 30 a 2 de abril
19h – Show de lançamento do CD e do livro “Canciones que Nacen del Camino”, com Martim César & Oscar Massita
Uma viagem musical que começará com uma abertura a cargo de um dos mais importantes cantores pampeanos do Rio Grande do Sul, Marco Aurélio Vasconcellos, com suas mais de 5 décadas de carreira, contando, nesse recital, com o acompanhamento do violonista gaúcho Marcello Caminha e com a participação especial do poeta e compositor fronteiriço Martim César. Em seguida, a música atravessará a linha divisória em direção ao Uruguai profundo, aquele de Osiris Rodrigues Castillos, de Romildo Risso, de Ruben Lena e de Los Olimareños.
Nessa noite, a travessia musical começará com um dos cantautores mais autênticos do Uruguai. Seu nome é Oscar Massitta e é um andarilho dos caminhos de sua pátria e do sul do Brasil. Em seu trabalho Canciones que nacen del camino, parceria com Martim César, trabalho que será lançado nesse recital, registrou personagens e lugares da fronteira do departamento uruguaio de Cerro Largo, como a Posta del Chuy, uma pousada para diligências e uma ponte fundadas pelos bascos em 1855. Esse lugar é onde nasceu justamente um dos mais famosos cantores uruguaios, Tabaré Etcheverry.
Em seguida, será a vez de subir ao palco um dos números de folclore mais importantes do Uruguai na atualidade, Dúo Copla Alta, sendo hoje o grupo de raiz que leva mais público nos festivais do país vizinho. Em 2019 o duo ganhou o prêmio Charrua de Oro, máxima distinção musical para a música folclórica do Uruguai. Essa noite de música será precedida por uma exposição de imagens da fronteira, de Elis Vasconcellos, bem como pelo lançamento de um livro de contos coletivo, F.A.C.A.S, da Edições Ardotempo, de Alfredo Aquino, composto por amigos do escritor Aldyr Garcia Schlee. O somatório de todos esses aportes culturais pretende trazer a fronteira, e o pampa gaúcho e uruguaio principalmente, para dentro do multipalco. Um momento singular e imperdível.
De 31 de março a 30 de abril
De sexta a domingo, sempre às 19h – Esperando Godot
Janaína Pellizzon e Sandra Dani vivem Vladimir e Estragon, personagens que esperam por um sujeito chamado Godot, que ninguém sabe exatamente quem é. A trama ganha intensidade e contornos preocupantes com a chegada de Pozzo e Lucky, vividos por Arlete Cunha e Lisiane Medeiros, na relação de escravidão que se estabelece entre os dois. A chegada do menino, papel de Valquíria Cardoso, traz consigo notícias sobre Godot, figura pela qual a espera de todos é constante,chegada sempre adiada, que nunca chega a acontecer. Assim como Beckett revolucionou a narrativa e o teatro do século XX, a montagem desse clássico também vem para quebrar paradigmas no teatro em Porto Alegre com um elenco exclusivamente composto por grandes atrizes da Capital.
Esperando Godot é a peça mais conhecida do irlandês Samuel Beckett e estreou em um pequeno teatro de Paris, em 1953. Nessas sete décadas, o texto recebeu incontáveis estudos, encenações, resenhas e, agora, uma montagem especial com direção de Luciano Alabarse. No elenco, as atrizes Sandra Dani, Janaína Pellizon, Arlete Cunha e Lisiane Medeiros.
4 de abril
19h – Espera
Um dos mais premiados e ativos grupos teatrais gaúchos, a Cia. Incomode-Te irá completar 15 anos de atividade em 2023. O aniversário terá uma programação especial, que inclui a estreia de Espera, espetáculo com texto inédito de Nelson Diniz, que também está no elenco ao lado de Liane Venturella. A direção é assinada por Sandra Possani. A trama expõe um dia na vida de dois personagens que zelam por um local que está prestes a não existir mais. Uma história bem-humorada de duas figuras invisíveis da sociedade. Espera terá produção de Letícia Vieira (Primeira Fila Produções), cenário e figurinos de Carlos Ramiro Fensterseifer, iluminação de Ricardo Vivian e trilha sonora original de Felipe Zancanaro.
6 de abril
19h – Vissi D’ arte, Vissi D’amore
O programa especial Vissi D’Arte, Vissi D’Amore vem celebrar a vitória do amor e o enaltecimento das artes, que agora ganham um novo palco na capital gaúcha. Elaborado especialmente para a inauguração do Teatro Oficina, o programa apresenta a voz de nossos novos e consolidados talentos gaúchos em diálogo com a contemporaneidade, com a fraternidade e com profundo respeito ao ofício do artista. Direção artística: Flávio Leite. Participações: Eiko Senda (soprano), Lazlo Bonilla (tenor), Patrick Menuzzi (piano) e coro de solistas da CORS.
10 de abril
19h – Novos Velhos Corpos 50+
O espetáculo tem como tema a idade, a longevidade e a vulnerabilidade na dança e na vida, misturando dança, vídeo e música. Trata-se de uma criação com bailarinos e coreógrafos com mais de 50 anos: Eva Schul, Eduardo Severino, Mônica Dantas, Robson Duarte, Rossana Scorza e Suzi Weber. O espetáculo surgiu da necessidade de continuar a dançar apesar dos tempos difíceis e pandêmicos e gira em torno de forças e fragilidades, simbolizadas nas relações entre aproximações, afastamentos e jogos de novos corpos velhos. A dança se estende através do vídeo com as criações do multiartista Alex Sernambi. A performance em cena dos músicos Dora Ávila, Flavio Flu, Marcelo Fornasier e Vasco Piva promove um ambiente sonoro com arranjos sofisticados. O objeto de cena principal é uma maca que se transforma juntamente com a composição coreográfica ancorada na dança contemporânea e improvisações estruturadas. Através das coreografias, o espetáculo oferece perspectivas poéticas de modo a friccionar rótulos geracionais. Ao mostrar a longevidade dos corpos em movimento, acredita-se que seja possível promover imagens de arte, de resistência e de esperança. Novos velhos corpos dançantes que buscam empatia no sentido de mover, respirar e celebrar a longevidade do corpo. Direção geral: Suzi Weber. Produção: Eduardo Severino e Suzi Weber. Direção cênica: Cláudia Sachs e Lisandro Belloto. Corrografia e atuação: Eva Schul, Monica Dantas, Suzi Weber, Eduardo Severino, Rossana Scorza e Robson Lima Duarte
11 de abril
15h – Circo Zika
Espetáculo-solo do Palhaço Abelardo Biloba, do Circo Rodado. O “Circo Zika” é um espetáculo de palhaço que dá continuidade ao trabalho de pesquisa da Cia. Circo Rodado em clássicos de circo. Neste trabalho solo Paulo Carneiro, o palhaço Abelardo Biloba, apresenta um tradicional circo de pulgas adaptando o clássico aos tempos atuais ao inserir um mosquito Aedes Aegypti como estrela principal de seu show. Através de mecanismos escondidos o próprio mosquito se apresenta no trapézio voador, no trampolim e ainda é acompanhado por um palhaço habilidoso, ou que pensa ser habilidoso, incentivando a imaginação criativa do público que em todas as cenas é convidado a ver um mosquito que na verdade não existe. Com Paulo Carneiro, direção de Ricardo Puccetti. Coprodução da Secretaria Municipal de Cultura de Arroio dos Ratos. Espetáculo infantil vencedor do 16º FESTCARBO 2022.
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