“Iyabá Omi Axé – A força feminina das águas” será apresentado na sexta-feira (17). Entrada é gratuita. Grupo Afoxé Odô Iyá surgiu em 2000 e é o primeiro grupo de afoxé de Alagoas
Assessoria
O Teatro Deodoro, em Maceió, recebe na sexta-feira (17) o show “Iyabá Omi Axé – A força feminina das águas”, uma apresentação que reúne música e dança, celebrando o mês da mulher e a cultura negra através da homenagem às divindades femininas cultuadas pelas tradições de matriz africana. A entrada é gratuita.
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O show levará ao público momentos de reflexão sobre a importância da presença feminina, principalmente dentro da religiosidade afro. As divindades homenageadas são Nanã, Ewá, Obá, Oxum, Oyá e Iemanjá. A apresentação será guiada pela movimentação de Exu, o mensageiro dos Orixás.
O som será de cânticos, ritmos e passos de dança sagrados e ancestrais. A ideia é transformar o palco em uma grande festa de terreiro.
“O Odô Iyá é um grupo que tem Iemanjá como grande protetora, ele surgiu dentro de uma casa que tem Iemanjá como matriarca, fazer um espetáculo que fala sobre o poder feminino, de Iemanjá e sobre o nosso líquido precioso, é falar sobre nossas raízes, nossa história”, disse o diretor artístico Amaurício de Jesus.
Show vai homenagear divindades femininas cultuadas pelas tradições de matriz africana
Assessoria
O espetáculo reserva surpresas ao público. O figurino foi feito em Benin, na África, e foi confeccionados por uma mulher de Oxum. O planejamento começou em 2016 e o show estava programado para acontecer em 2020, em comemoração aos 20 anos de existência e resistência do primeiro afoxé de Alagoas, mas teve seus planos adiados devido à pandemia.
O grupo Afoxé Odô Iyá foi criado em 2000, no bairro da Ponta da Terra, dentro do Núcleo de Cultura Afrobrasileira Iyá Ogun-té (Casa de Iemanjá). O idealizador é o babalorixá Célio Rodrigues. Foi ele que teve a ideia de colocar o candomblé na rua e fundar o primeiro afoxé de Alagoas.
“O Afoxé surge para quebrar paradigmas, dizendo não ao preconceito e mostrando as belezas afro-brasileiras. Além de tirar os jovens da ociosidade, dos perigos das ruas, nós proporcionamos oportunidades deles se encontrarem no mundo artístico e cultural. São 23 anos de trabalho e diversas vidas transformadas através da arte”, disse Pai Célio.
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