O Signature Bank quebrou em pleno domingo (12). Na sexta (10), o Silicon Valley Bank, conhecido como o ‘banco das startups’, já havia sido fechado pelas autoridades americanas. Renata Lo Prete entrevista Tony Volpon, o ex-diretor do Banco Central
O fechamento de dois bancos em três dias nos EUA colocou o mercando financeiro mundial em alerta nesta segunda-feira (13). Para entender os possíveis reflexos no Brasil, Renata Lo Prete entrevistou Tony Volpon, o ex-diretor do Banco Central.
Segundo ele, o Brasil pode sentir os efeitos da crise norte-americana.
“A gente sabe da centralidade da economia americana para economia global. Estamos vendo um aumento de aversão a risco em todos os mercados. A gente sentiu os impactos desses eventos no Brasil. Obviamente, o Brasil tem um aparato regulatório totalmente diferente, eu diria, muito melhor que o americano. Quando os EUA pegam um resfriado, o resto do mundo pega pneumonia”, explica Volpon.
“Inflação também é um problema aqui no Brasil, como é nos EUA, então tem uma certa similaridade entre a nossa situação e americana”, completa.
O economista ainda faz um alerta.
“Estamos caminhando para ter uma recessão nos EUA. (…) O que os americanos têm que fazer é ver esses eventos como fatores que podem causar a desaceleração da economia. E, portanto, pode, sim, mudar o timming desse eventual ajuste de juros [no Brasil]”, conta.
‘Quando os EUA pegam resfriado, o resto do mundo pega pneumonia’, diz ex-diretor do BC sobre quebra de bancos americanos
