Ação busca identificar o que causou a explosão e se houve crime. Laudo deve ficar pronto em 30 dias. Depósito de fogos de artifício que explodiu em Maceió passa por perícia
A Polícia Científica iniciou nesta quarta-feira (8) a perícia no depósito de fogos de artifício que explodiu nesta semana em Maceió (assista acima). A ação busca identificar a origem e as causas da explosão, além de determinar se o incidente trata-se de um crime. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.
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“Nós vamos buscar todos os vestígios oriundos da explosão. Os explosivos, os resíduos pós-explosão. Serão buscados vestígios que identifiquem a possível autoria de um possível crime”, explicou o chefe especial do Instituto de Criminalística (IC), Wellington Melo.
A perícia também vai avaliar os danos ambientais causados pela explosão, porque o local é uma área de mata próximo à Rota do Mar, entre o Benedito Bentes e Guaxuma.
Melo explica que ainda não é possível afirmar se o local era apenas um depósito ou se lá também funcionava uma fábrica de fogos de artifício. “A gente identificou um local onde eram armazenados os explosivos e está totalmente destruído. Mas, mais detalhes, só após a avaliação da equipe”.
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Samu Alagoas
O laudo da perícia deve ficar pronto em 30 dias. Após a conclusão, o laudo será encaminhado ao delegado Robervaldo Davino, responsável pelas investigações.
“Depois do exame no local, eu estimo um mês de análises desses elementos coletados e de todo o levantamento que está sendo realizado hoje para concluirmos o laudo e encaminharmos às autoridades competentes”, afirmou o chefe especial do IC.
A equipe que trabalha no local é multidisciplinar, composta por peritos de química forense (especialistas em explosivos), peritos especialistas em engenharia legal e peritos especialistas em meio ambiente. O Corpo de Bombeiros também participa da ação.
Polícia Científica realiza perícia em depósito de fogos de artifício que explodiu em Maceió
Andréa Resende/TV Gazeta
O dono do depósito foi preso em flagrante logo após a explosão, mas pagou fiança de R$ 4 mil e foi solto no dia seguinte. Ele confessou à Polícia Civil que não tinha autorização para armazenar os fogos no depósito.
Um outro homem que seria o caseiro do local também depôs, mas na condição de testemunha. Contrariando o depoimento do proprietário, ele disse à polícia que no local funcionava uma fábrica de fogos de artifício e que lá trabalhavam cinco pessoas, mas que normalmente apenas dois funcionários apareciam para trabalhar com mais frequência.
A defesa do empresário informou que existia um pedido de autorização para o funcionamento do depósito, mas que até a data da explosão ela não havia sido concedida.
Uma pessoa que estava do lado de fora do depósito foi atingida pelos fogos e teve queimadura de primeiro grau. A explosão foi ouvida em vários pontos da cidade. Imagens que mostram uma imensa coluna de fumaça foram compartilhada nas redes sociais.
Trabalho de perícia é realizado no local onde aconteceu a explosão
VÍDEOS: explosão de fogos foi vista e ouvida de diversos bairros de Maceió
*Sob supervisão de Cau Rodrigues
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