Paris entra na contagem regressiva de 500 dias para os Jogos Olímpicos

Brasil vaI ter espaço de 2 mil metros quadrados no parque La Villette para receber atletas e torcedores brasileiros. Começou a contagem regressiva de 500 dias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024
Começou nesta terça-feira (14) a contagem regressiva de 500 dias para os Jogos Olímpicos de Paris.
Uma enorme área verde no norte de Paris: o parque La Villette, um lugar de tranquilidade e lazer para os parisienses e que, no ano que vem, vai ganhar uma relação especial com os brasileiros.
O parque La Villette vai ser um ponto de encontro de gente do mundo inteiro durante os Jogos Olímpicos. Ainda faltam 500 dias até lá, mas uma placa já está indicando que o Brasil vai ter um lugar lá dentro: um espaço para receber atletas e torcedores brasileiros.
A Casa Brasil vai ter 2 mil metros quadrados. Os atletas que conquistarem medalhas vão ser celebrados lá. Também vai ser um espaço para shows de artistas brasileiros, e estará aberto ao público, que poderá acompanhar, no local, as transmissões das competições.
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Outros países terão espaços parecidos no parque La Villette, inclusive a França.
Repórter: O que o brasileiro vai encontrar na Casa Brasil?
Presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira: Muita animação, muita brasilidade, culinária. Vamos tentar trazer música brasileira para o ambiente. É o Brasil fora do Brasil.
Essa é uma parte de um projeto ambicioso do esporte olímpico brasileiro. A meta é estabelecer um novo recorde de medalhas do país pela terceira olimpíada seguida, algo que nunca aconteceu.
Foram 19 no Rio de Janeiro e 21 medalhas em Tóquio. No ano passado, o Brasil conquistou 23 medalhas em campeonatos mundiais. Para pelo menos repetir esse número nas Olimpíadas, favoritos não podem ficar fora do pódio. Responsabilidade grande para quem é tão jovem.
Rayssa Leal, com apenas 15 anos, é a atual campeã mundial de skate street.
“Ansiosa, treinando bastante. É um campeonato por vez. Vão vir os que valem pontuação para o ranking olímpico e aí quando a gente tiver pertinho de Paris a gente vai pensar na medalha com certeza”, diz.
Mas o Brasil também deve precisar de modalidades que nunca conquistaram medalhas para o país. As chances são boas com Hugo Calderano, quinto melhor do mundo no tênis de mesa; Marcus Vinícius d’Almeida, líder do ranking mundial no tiro com arco; e Nathalie Moelhausen, na esgrima.
A italiana de nascimento escolheu defender o Brasil, país da avó materna. Mas, há 15 anos, é moradora de Paris.
“Paris, para mim, é uma cidade maravilhosa, que eu amo e que sempre fiquei encantada desde a primeira vez que vim aqui”, afirma Nathalie, campeã mundial de esgrima em 2019.
Em 2023, ela já venceu duas competições importantes e passou a ser uma das favoritas ao pódio olímpico.
“Sim, estou sentindo a pressão. Mas acho que essa pressão é essencial, mas é aquela pressão que só os grandes campeões são capazes de carregar nas costas deles”, diz.
Daqui a 500 dias, essa parisiense por adoção vai dividir o parque La Villette com o mundo. Lá dentro haverá um espaço para celebrar o Brasil. E, quem sabe, mais um recorde especial do esporte brasileiro.

15/03/2023 01:32

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