Pai de bebê que teve clavícula quebrada quer evitar que filho se torne novo ‘caso Sophia’

Segundo a polícia, a mãe e o padrasto da criança foram presos suspeitos de abandono de incapaz. O caso segue em investigação e DEPCA aguarda o laudo para concluir o que teria causado as lesões. Caso é investigado pela Depca.
OsvaldoNóbrega/TVMorena
O bebê de 1 ano que teve traumatismo craniano e as costelas quebradas se recupera com o pai, de 29 anos, após receber alta do Hospital Santa Casa, em Campo Grande. Com a guarda provisória da criança, o barbeiro contou ao g1 que irá lutar até o fim para que o filho não se torne um novo “caso Sophia”, menina que morreu após ser espancada e estuprada.
Conforme o pai, a criança está bem, sendo cuidada com muito amor pela família e também passando por acompanhamento médico, como oftalmo, ortopedista, nefrologista e pediatra. O bebê também tem realizado exames para saber se haverá alguma sequela das lesões.
“Sobre as questões judiciais, vamos lutar até o fim. Se o resultado for negativo vamos dar voz à mídia e recorrer o quanto for possível, para não ser mais um caso Sophia!”, afirma o pai da criança.
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Ainda ao g1, o barbeiro disse que a mãe da criança, assim como o padrasto, não podem se aproximar do bebê, caso sejam soltos. Os dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça por abandono de incapaz.
“Ainda aguardamos o retorno dos laudos periciais, tanto o exame de corpo de delito quando o exame do local, para realmente determinar as origens dessas lesões”, informou a Delegada Titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), Anne Karine Trevisan.
O caso permanece em investigação.
Versões contraditórias
A mãe e o padrasto do bebê tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, no dia 16 de fevereiro. Segundo a polícia, os dois apresentaram versões contraditórias do que teria ocorrido com a criança.
No primeiro depoimento, a mãe do menino contou que tomava banho, quando o filho, que estava sozinho no quarto, caiu da cama. O primeiro atendimento foi em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde a criança foi levada de ambulância para a Santa Casa.
Acionada pelos médicos, a polícia esteve no hospital e, em seguida, acompanhou mãe e padrasto até a casa do casal. Onde, enquanto a perícia realizava atendimento, o companheiro da mulher chamou os policiais no canto e apresentou nova versão.
“Ele falou: ‘eu tinha saído para levar minha esposa, que é manicure, para fazer unha aqui perto e a criança estava sozinha. A queda aconteceu nessa hora’”, revelou o suspeito, segundo o delegado Roberto Morgado.
O padrasto ainda teria dito que o suposto acidente aconteceu pela manhã, por volta das 7h. Porém, só no início da tarde, pouco depois das 13h, é que a mãe procurou o posto de saúde. Segundo o homem, o menino não havia apresentado ferimentos, após a queda, mas que percebeu piora ao longo da manhã.
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10/03/2023 22:08

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