O Assunto #918: Marielle Franco – 5 anos do assassinato

Às 21 horas da noite de 14 de março de 2018, a vereadora pelo Psol e seu motorista, Anderson Gomes, foram emboscados e executados no centro do Rio de Janeiro. Imediatamente, autoridades brasileiras e representantes de outros países condenaram o crime de motivação evidentemente política. Cobraram uma investigação independente e a rápida identificação dos assassinos. Cinco anos depois, dois ex-policiais militares foram acusados pela execução, mas ainda não se sabe quem encomendou a morte de Marielle, nem a motivação. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Às 21 horas da noite de 14 de março de 2018, a vereadora pelo Psol e seu motorista, Anderson Gomes, foram emboscados e executados no centro do Rio de Janeiro. Imediatamente, autoridades brasileiras e representantes de outros países condenaram o crime de motivação evidentemente política. Cobraram uma investigação independente e a rápida identificação dos assassinos. Cinco anos depois, dois ex-policiais militares foram acusados pela execução, mas ainda não se sabe quem encomendou a morte de Marielle, nem a motivação. Agora, sob determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, a PF abriu inquérito do caso e vai atuar em uma força-tarefa com a polícia civil e o MP do RJ. Para recapitular cada detalhe das investigações e esclarecer o status jurídico do caso, Natuza Nery recebe Vera Araujo, repórter que cobre o crime desde o início pelo jornal O Globo, e autora do livro “Mataram Marielle”, e Rafael Borges, presidente da comissão de segurança pública da OAB-RJ e coordenador da pós-graduação em advocacia criminal do Ceped. Neste episódio:
Vera aponta as falhas que atrapalharam a investigação, as acusações de interferência no caso e os episódios nos quais delatores tentaram desviar a atenção dos policiais, em um jogo de poder entre milícias em guerra. “Eles não tinham ideia de que o assassinato teria tanta repercussão”, afirma;
a jornalista conta a reação da família de Marielle diante das investigações e o que motivou o pedido – e a recusa do STJ – de federalização do caso. “Já estava no governo Bolsonaro e a família não confiava na esfera federal”;
Rafael explica o que significa a abertura de inquérito pela PF e quais são os requisitos necessários para a federalização do caso: “É inegável que os agentes da PF poderiam ter contribuído muito mais se estivessem na investigação desde o início”;
Ele recorda que a execução de Marielle ocorreu sob intervenção e a “segurança pública do estado era cuidada por um general do Exército” – o interventor era Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro.
O que você precisa saber:
Execução: Marielle Franco é morta a tiros no Centro do Rio
Em 2022: onde parou a investigação e o que falta responder
Caso Marielle: Dino abre inquérito da PF para investigar crime
Ministro: ‘Há indícios de que executores não agiram sozinhos’
Força-tarefa: ‘Deu muita esperança’, diz mãe de Marielle
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.
Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto
g1

13/03/2023 03:20

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