Cartografia de Áreas de Risco Geológico, realizada em janeiro pelo SGB, apontou 43 setores sujeitos a danos por inundação, alagamento, erosão pluvial, erosão costeira e deslizamento Em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, mais de 11,1 mil moradores vivem em áreas de risco. É o que revela a Cartografia de Áreas de Risco Geológico realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) entre os dias 16 e 27 de janeiro. Os resultados estão em relatório publicado no Repositório Institucional de Geociências (Rigeo), e foram divulgados nesta terça-feira (7).
De acordo com o levantamento, foram mapeadas 43 áreas sujeitas a danos, sendo sete de “risco alto” e 36 de “risco muito alto”, considerada a condição mais crítica em que é “muito provável a ocorrência de eventos destrutivos”. Das áreas, 34 têm risco de inundação e alagamento; cinco apresentam risco de erosão pluvial; três de erosão costeira e uma tem risco de deslizamento planar.
Nessas localidades, estão situadas 2.740 moradias de alta vulnerabilidade. Os riscos estão relacionados principalmente à falta de planejamento urbano e ocupação de áreas inadequadas, como planícies de inundação dos rios e igarapés.
“Verifica-se que as áreas de risco mapeadas podem ser acentuadas, e outras podem surgir, caso a gestão municipal não coloque em prática programas de fiscalização que dificultem o avanço da urbanização em áreas impróprias no município e que verifiquem os procedimentos de construção de novas moradias”, aponta o relatório.
Áreas de risco no Pará
Já foram realizados mapeamento em 81 municípios do Pará, que indicam a existências de 819 áreas sujeitas a danos, sendo a maioria sujeita a inundação (401). As cartografias do SGB indicam que mais de 305 mil pessoas vivem em locais de alta vulnerabilidade.