Jovem de 21 anos saiu de Parauapebas para Porto Alegre para se encontrar com homem que conheceu pela internet. ‘Minha filha saiu daqui viva e vai voltar dentro de um caixão’, diz mãe de paraense morta
A mãe da jovem paraense de 21 anos encontrada morta e carbonizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, aguarda a chegada do corpo da filha em Parauapebas, sudeste do Pará. Familiares souberam do falecimento de Laila Vitória Rocha Oliveira no domingo (26) e pedem ajuda para conseguir transportar o corpo para o estado do Pará.
Francisca da Silva Rocha diz que não queria que a filha viajasse e que no final deste mês de março ela voltaria para a casa, na zona rural de Parauapebas.
“Eu não queria que ela viajasse. Ela disse que ia ficar só 15 dias e ficou mais tempo e não vai voltar viva. Final do mês ela ia voltar para casa. Estava tudo certo. Agora minha filha está morta”, disse a mãe da vítima.
Mãe de vítima encontrada morta no Rio Grande do Sul está sendo consolada por amigos e parentes
Madson Santos/TV Liberal
Laila conheceu André Ávila pela internet no final de janeiro e nos primeiros 15 dias do mês de fevereiro viajou para encontrar com ele no Rio Grande do Sul.
Familiares relataram que ela havia reclamado de agressões por parte dele e que estava arrependida de ter ido e já se preparava para voltar ao Pará. Quando chegasse em casa ela comunicaria que não voltaria mais, porém, houve uma discussão e ela disse que não iria mais continuar com o relacionamento.
O corpo de Laila foi encontrado dentro de um tambor em chamas. A família acredita que o namorado é o principal suspeito da morte da paraense.
“Não sei se vou aguentar. Minha filha saiu daqui viva e vai voltar dentro de um caixão. Não vou aguentar”.
Familiares buscam ajuda para fazer o traslado do corpo de Laila, assim como para custear o caixão e outros custos do funeral.
O crime
Segundo a Polícia Civil, André Ávila usou uma faca e espadas para matar a companheira. Depois, ele ainda queimou parcialmente o corpo da vítima em uma lareira.
Nas redes sociais, André se apresenta como ”Victor Samedi”. Em um dos seus perfis na internet, o homem reúne 35 mil seguidores. Ele diz ser necromante e especialista em trabalhos de magia, como rituais de vingança e quebra de feitiços e demandas.
A delegada Cristiane Ramos, que investiga o feminicídio, afirma que o crime não tem relação com rituais religiosos.
Conforme os registros policiais, André Ávila tem antecedentes. Em 2007, ele foi condenado por triplo homicídio tentado.
Em nota, o advogado Jean Maicon Kruse, que representa André, ”informa que o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local”. A defesa acrescenta que ”nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado”.
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