Interdições na BR-277, principal rota de acesso ao Porto de Paranaguá, compromete escoamento da safra

A rodovia enfrenta problemas desde o ano passado, por causa de deslizamentos de terra e, essa semana, o asfalto afundou em outro trecho. O porto no Paraná é uma das principais saídas do país para a exportação de soja. Interdições na BR-277, principal rota de acesso ao Porto de Paranaguá, compromete escoamento da safra
A BR-277, principal rota de acesso ao Porto de Paranaguá, no Paraná, enfrenta interdições desde o fim do ano passado.
Com o escoamento da safra comprometido, já está faltando espaço para estocar a produção de grãos. Nas cooperativas, a carga de soja enche os armazéns, mas demora para sair.
“Estamos aqui, com muitos caminhões represados devido a problema na rodovia”, lamenta José Carlos de Andrade, gerente de produtos agrícolas de cooperativa.
A rodovia é a BR-277, principal rota até o Porto de Paranaguá, por onde a soja é exportada. A BR enfrenta problemas desde o ano passado, por causa de deslizamentos de terra e, essa semana, o asfalto afundou em outro trecho. O trânsito funciona em meia pista em dois pontos.
“Está difícil trabalhar aqui”, reclama caminhoneiro. “Tem que resolver logo para a gente seguir viagem”, diz outro.
Do Japão, Ratinho Junior diz que governos estadual e federal trabalham para ‘resolver problema’ na BR-277 e que estado tem pressa para o novo pedágio no Paraná
Bloqueio na BR-277: o que você precisa saber antes de pegar a estrada para o litoral do Paraná
Com dificuldades no transporte da safra, falta espaço para estocar a produção. Uma das maiores cooperativas da América Latina alugou mais silos infláveis. O custo é 10 vezes maior.
“É um dinheiro que a gente tira do produtor, não tem como não repassar isso, porque a formação do preço da soja, do milho, para o produtor é uma consequência da cadeia”, explica Airton Galinari, presidente-executivo da cooperativa.
Uma montanha de soja é apenas uma pequena parte do que já deveria ter sido embarcado para outros países. Pelo menos 3 milhões de toneladas continuam represadas nos armazéns e a maior preocupação é com os silos temporários, onde a soja não pode ficar muito tempo.
“A gente acaba tendo uma diminuição da qualidade dessa soja, acaba perdendo sua qualidade industrial e isso aumenta mais o prejuízo ainda”, afirma José Carlos.
Exportadores de grãos já estão mandando as cargas para outros portos.
“Já temos uns quatro ou cinco navios que foram desviados para o Porto de São Francisco em razão da falta de previsibilidade na operação pelo Porto de Paranaguá, em razão dos problemas na BR-277”, conta Andre Maragliano, diretor da Associação de Terminais de Exportação do Porto de Paranaguá.
Em nota, o Dnit afirmou que está fazendo os levantamentos de topografia e fará sondagens do solo. Depois dessa etapa, vai elaborar um estudo de alternativas para o projeto de contenção.
Massa asfáltica é colocada em fendas na BR-277, no litoral do Paraná
O Ministério dos Transportes disse que destinou, neste ano, R$ 439 milhões para obras de manutenção e recuperação de rodovias federais que cortam o Paraná.

12/03/2023 00:11

Nenhuma visita