Grupo suspeito de criar empresas fantasmas e sonegar R$ 85 milhões em impostos cometia crimes para beneficiar família de Rio Verde, diz polícia

Segundo a polícia, as empresas forneciam notas fiscais falsas para gerar créditos indevidos de ICMS. Além de Goiás, mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. Policiais cumprem mandados em investigação de grupo que sonegava impostos para beneficiar família de Rio Verde, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Um grupo é suspeito de criar empresas fantasmas e sonecar cerca de R$ 85 milhões em impostos, de acordo com a Polícia Civil. Segundo a corporação, os crimes eram cometidos para beneficiar uma família de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens, nesta quarta-feira (29).
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De acordo com a polícia, as chamadas “empresas noteiras” operavam no fornecimento ilegal de notas fiscais ideologicamente falsas em benefício de pessoas jurídicas da família de Rio Verde para gerar créditos indevidos de ICMS.
Como o nome dos integrantes do grupo e da família de Rio Verde não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizá-los ou a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Segundo a polícia, além de Goiás, os mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. Segundo a polícia, a família de Rio Verde se beneficiava do esquema criminoso de sonegação fiscal por meio das empresas fantasmas criadas pelo grupo criminoso.
A corporação detalha que o grupo atuava com uma divisão de tarefas e tinha até “núcleos compostos por contadores”, que eram responsáveis por darem vida às pessoas jurídicas. Esses suspeitos, de acordo com a polícia, atuavam juntamente com estelionatários que utilizam documentos pessoais falsos para “fingirem” ser sócios.
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Ainda segundo a polícia, também haviam “laranjas” que tinham a função de emprestar os dados bancários para movimentação do dinheiro proveniente dos crimes.
Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e lavagem de bens, direitos e valores. A corporação explica que eles podem ser condenados a penas que variam entre 11 a 32 anos.
O g1 questionou a por e-mail a Polícia Civil sobre a quantidade de mandados que foram cumpridos em Goiás, o que foi apreendido e quantas são as pessoas do estado investigadas pelos crimes e aguarda retorno.
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29/03/2023 16:29

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