Fãs de Skank relembram momentos antes da ‘saideira’ da banda

Show de despedida acontece neste domingo (26), no Mineirão, em Belo Horizonte. Thais Mazzoco acompanha o Skank há quase 30 anos
Arquivo pessoal
Samuel, Henrique, Lelo e Haroldo. Você pode até não reconhecer esses nomes, mas, certamente, sabe cantar uma música – ou várias – desse quarteto.
O Skank é daquelas bandas que fazem parte da trilha sonora da vida de qualquer brasileiro. Só em novelas da Globo já foram mais de 20 canções que embalaram personagens.
Após mais de 30 anos de parceria, o grupo, que mantém a formação original, anunciou oficIalmente seu encerramento. O último show acontece neste domingo (26), no Mineirão, em Belo Horizonte, a partir das 19h.
Para alguns fãs, a história da banda se confunde com a própria história. É o caso da fotógrafa Thais Mazzoco. A paixão pela banda começou aos dez anos de idade, em 1995.
Thais com Henrique Portugal, no Altas Horas: “brincamos que somos ‘gêmeos’ de óculos”.
Arquivo pessoal
“Na minha casa tinha o vinil da novela Olho no Olho, que passava na Globo, e minha música preferida era ‘Um Homem que Sabia Demais’. No meu aniversário de 10 anos, minha mãe me deu o disco do Calango, lançado em 94. Eu lembro de ouvir, lendo encarte com as letras. Na verdade, não lembro o que comi ontem, mas disso eu nunca vou esquecer”, contou.
Na adolescência, outro presente: a mãe dela desenhou um retrato do Samuel Rosa no quarto.
“Ele sempre foi meu ‘crush’. Enquanto todas as meninas tinham o Júnior Lima ou os meninos do Backstreet Boys na parede, eu sempre tive o Samuel”, disse a fã.
Hoje, com 38 anos, Thais já perdeu as contas de quantos shows já acompanhou. Ela coleciona vinis, CDs, DVDs, fotos, revistas e boas histórias.
Skank já foi tema de aniversário da fotógrafa
Arquivo pessoal
‘Aqui, nesse mundinho fechado…’
Thais contou que já vez muitas loucuras pelos ídolos: passou horas em fila de show, escreveu “eu te amo” em mais de 96 páginas, já marcou de encontrar com as amigas no meio da multidão (em uma época em que celular era artigo de luxo).
Mas a história que mais marcou a fanática pelo Skank foi a vez que ela e a irmã ficaram presas no camarim da banda, em Campinas, porque do lado de fora acontecia um tiroteio.
“Esse lance foi trágico, mas o lado bom é que ficamos ‘presas’ um tempão com eles”, brincou.
Samuel Rosa e Thais. Registro feito em 1998.
Arquivo pessoal
‘Se a sorte lhe sorriu, porque não sorrir de volta?’
Thais Leite é amiga de Thais Mazzoco. Além do mesmo nome e profissão – as duas são fotógrafas – as meninas têm em comum o amor pelo Skank.
Entre tantas boas lembranças com a banda, Thais Leite conta que um dos momentos mais marcantes foi a gravação do DVD ao vivo em Ouro Preto.
“O ano era 2001. E nada, absolutamente nada, se resolvia na palma na mão, com alguns cliques. Eram dois dias de gravação. Precisava achar um local que fosse próximo à Praça Tiradentes e que não levasse embora as economias de uma jovem de 22 anos. Por sorte, consegui!” , disse ela.
Haroldo Ferreti e Thais Leite, em 2001, depois da gravação do DVD.
Arquivo pessoal
A hospedagem saiu melhor do que a encomenda. Os integrantes do Skank já estavam na cidade. E adivinha? Thais pode acompanhar o ensaio da música “Acima do Sol”, que aconteceu ao lado do hotel.
Lelo Zaneti e Thais Leite em Ouro Preto
Arquivo pessoal
“Foi uma das coisas mais lindas de se ver. Era maravilhoso circular pela cidade e dar de cara com alguém da banda caminhando pelas pedras, assim como qualquer fã que estava ali. Valeu a pena!”, contou.
‘O meu presente chegou!’
Anos depois, o show em Ouro Preto continuou rendendo alegria para a fã. Ela ganhou o disco de platina que o Skank recebeu por vender mais de 250 mil cópias do álbum.
“Era um pós-show . O empresário deles disse que me daria o disco de platina do ‘ao vivo’. No dia seguinte, fui ao hotel onde eles estavam hospedados, e lá estava o presente. Desde então, ele nunca mais saiu da minha casa”, contou.
Thais com disco de platina de ganhou da banda
Arquivo pessoal
‘Mesmo que a gente se separe…’
Para Mazzoco, o dia do anúncio de encerramento da banda foi um “clima de velório”, mas a fotógrafa acredita que tenha sido uma decisão bem pensada.
“Sinceramente, estou feliz que o término seja por uma escolha deles e não porque alguém está doente, com algum problema. Ou porque caíram no esquecimento, entende? Será uma nova trajetória e vamos continuar amando e acompanhando. O Skank representa um amor enorme. É uma parte de mim!”, contou a fã.
Samuel Rosa
Thais Mazzoco
Confira os vídeos mais vistos no g1 Minas: