Famílias de 3 assassinados por comerciante esperam justiça em julgamento em São Carlos: ‘eram pessoas do bem’, diz primo

Comerciante confessou que matou por vingança após cobrança de uma dívida. Doze testemunhas devem ser ouvidas nesta quinta-feira (30). Comerciante autor de triplo homicídio em São Carlos é julgado nesta quinta-feira
Familiares da empresária Zelma de Oliveira, do ex-marido dela João Batista de Oliveira, e do motorista Reginal Lima esperam justiça no julgamento que está sendo realizando nesta quinta-feira (30), no Fórum de São Carlos (SP).
O comerciante Raimundo Notato Martins, de 55 anos, é acusado de triplo homicídio qualificado. Ele teria matado os 3 por vingança porque Zelma cobrou alugueis atrasados de um ponto comercial.
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“Não pode passar impune, eram pessoas do bem. O motorista estava com uma criança de 30 dias. É uma criança de 30 dias que não tem mais o pai presente, e a Zelminha não merecia isso. A justiça tem que ser feita hoje, estamos aqui aguardando isso”, disse emocionado Neuri Milori Junior, primo de Zelma.
O crime
Zelma de Oliveira, João Batista de Oliveira e Reginaldo Lima foram vítimas de um comerciante que cometeu triplo homicídio por vingança em São Carlos
Reprodução
Raimundo Notato Martins é réu confesso e está sendo julgado por triplo homicídio. Em 28 de agosto ele matou as três vítimas com tiros na cabeça.
Martins está preso desde 29 de agosto de 2022, quando se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e confessou o crime à polícia.
Segundo a polícia, ele matou primeiro João Batista de Oliveira em uma casa no centro de São Carlos, em seguida ele seguiu para a casa de Zelma e, como ela não estava, a esperou chegar. Como ela estava acompanhada do motorista, ele assassinou os dois dentro da casa.
O motivo teria sido vingança porque Zelma cobrou alugueis atrasados de um ponto comercial dela alugado por Martins e havia pedido a desocupação do imóvel.
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O julgamento
Comerciante Raimundo Notato Martins, de 55 anos, é julgado por triplo homicídio em São Carlos
Reprodução EPTV
O julgamento começou por volta das 9h30, após o réu chegar do presídio de Araraquara. O advogado de defesa, Roquelaine Batista, disse esperar um julgamento justo. “Nossa expectativa é de justiça dentro da Constituição”, afirmou.
Das 12 testemunhas arroladas, cinco prestaram depoimento durante a manhã: um policial que atendeu a ocorrência, o filho e a nora de João Batista de Oliveira, um empresário que tinha negócios com Zelma e acompanhou as negociações entre a empresária e o comerciante, e uma funcionária de um salão que ela frequentava.
No período da tarde devem ser ouvido o restante das testemunhas, o réu, o advogado de defesa e o procurador que faz a acusação. O júri é composto por sete jurados. O julgamento está sendo presidido pelo juiz Antonio Benedito Morello.
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30/03/2023 17:37

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