Foram 11 shows, três estados diferentes e cerca de R$ 7 mil investidos, mas a maratona valeu a pena. Após “zerar” a turnê da banda Coldplay no Brasil, o jundiaiense Felipe Schadt, de 34 anos, conseguiu realizar o sonho de receber o violão do vocalista Chris Martin de presente.
O professor universitário e amante da música conheceu a banda britânica em 2005, por meio de um amigo que apresentou a ele a música “In My Place”. Como uma virada de chave, depois de se arrepender de não ir a um show do grupo em 2011, ele decidiu que não perderia mais nenhum.
“O primeiro show deles que fui foi na turnê ‘Viva La Vida’. Mas eles vieram no Rock in Rio, não fui e me arrependi amargamente. Foi numa dessas que falei que a próxima vez que eles viessem eu iria e ponto. Aí, aconteceu em 2016 o show em São Paulo. Eu fui. Em 2017 eu fui também. E fui no Rock in Rio no ano passado”, detalha.
Mas a saga dos 11 shows de 2023 começou de forma parcialmente planejada quando, em abril do ano passado, a banda anunciou três apresentações no Brasil e Felipe resolveu que iria a todos.
“Lançaram o Rock in Rio, depois os shows do solo, e eu comprei todos, mas a princípio eram três. Aí, eles lançaram mais um: ‘ah, quem vai em três vai em quatro’. Depois lançaram outro, e falei: ‘quem vai em quatro também vai em cinco’, e fui comprando sem saber se realmente eu ia.”
“Todos os shows que lançaram em abril do ano passado eu comprei, mas não eram 11. Era coisa de seis shows. Depois do cancelamento, adicionaram mais shows e eu já estava tão na vibe, tão na saga do show que falei: ‘gente, vou em todos’. Eu já tinha feito isso pelo U2”, conta.
Jundiaiense fã do Coldplay completou os 11 shows da banda no Brasil
Coldplay App/Reprodução
Planejamento financeiro
O espaço entre os anúncios das apresentações no Brasil ajudou na organização financeira do fã. Quando Schadt já estava terminando de pagar os primeiros shows, começou a pagar os outros que lançaram e, assim, foi utilizando da reserva que fez durante a pandemia.
“Eu consegui economizar dinheiro porque, felizmente, no meu trabalho a gente não foi muito afetado e eu gastei pouco na época. Meus gastos giram em torno de lazer, então, foram dois anos praticamente sem fazer isso. Claro que com meu salário, eu fiz alguns freelas, consegui juntar um dinheiro que já estava reservado. Eu sabia que eles viriam em algum momento”, explica Felipe.
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