Já são 37 mil casos este ano, 17 mil a mais do que em 2022. A procura nas unidades de saúde cresceu 70%. O estado do Espírito Santo está enfrentando uma epidemia de dengue.
Se uma tampinha de garrafa pode ser foco de mosquito, imagina um monte de lixo. Ainda mais com as condições do tempo desta época do ano.
“Vitória costuma chover bastante e logo em seguida dá esse sol que ninguém aguenta, e nisso vai acumulando água e a dengue está aí. Estão aumentando os casos e ninguém está se preocpuando com isso. E é para se preocupar!”, conta a estudante Sara Vieira.
A prefeitura de Vitória está fazendo mutirões de limpeza nas ruas e intensificou as visitas às casas. Nem sempre encontra portas abertas.
“Muita gente não reconhece e não deixa entrar nos quintais, na casa ou nos apartamentos”, diz o enfermeiro Willis Castro.
Espírito Santo enfrenta epidemia de dengue
JN
E é exatamente nas residências onde mais se encontram os focos. Alguns criadouros estão sempre na mira dos agentes.
“O ralo, o prato de vaso de planta, o tonel, a caixa d ‘água entreaberta e o lixo. Eles estão nos domicílios das pessoas”, alerta o técnico da secretária de Saúde de Vitória, André Capezzuto.
O pratinho de planta, mesmo seco, pode ser perigoso.
“O ideal é colocar em um local coberto, que não caia água da chuva, porque mesmo com o recipiente seco os ovos podem sobreviver mais de um ano, lembra a agente Shirlene Cunha.
O governo do estado afirma que o Espírito Santo está vivendo uma epidemia de dengue. A cada semana aumenta o número de novos casos. Estamos em março e já há mais pessoas com dengue do que em todo o ano passado.
São 37 mil casos este ano, quase 17 mil a mais do que em 2022. A procura nas unidades de saúde cresceu 70%.
“Tive um mal estar, dor nas articulações, panturrilha, dor de cabeça e fraqueza”, relata o porteiro Genildo Rodrigues.
A orientação da Secretaria de Saúde é que o paciente não demore a procurar ajuda.
“No menor sintoma como febre, dor no corpo, dor ao redor dos olhos, dor abdominal, é começar a hidratação, tomar líquido em casa e já procurar um serviço de saúde para que a equipe possa confirmar ou descartar , além de fazer monitoramento adequado desses pacientes”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde/ES, Luiz Carlos Reblin.
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