Kash Alves, de 35 anos, é um dos 50 artistas brasileiros e representantes de 12 países distintos que participarão do Meeting of Styles Brasil em Florianópolis (SC). Kash tenta participar do concorrido processe seletivo desde 2020.
Kash Alves/Arquivo pessoal
Destaque na cena amapaense com trabalho vibrante e cheio de personalidade, o grafiteiro Kash Alves, de 35 anos, vai representar o estado em um dos maiores eventos de arte de rua do mundo, o Meeting of Styles Brasil 2023 sediado em Florianópolis (SC). Participam desta edição 50 artistas brasileiros e representantes de outros 12 países.
“Macapá apesar de ser uma capital, ainda não tem uma grade de artistas de rua no graffiti, acredito que é muito importante um artista amapaense representar nesses eventos, sendo que já temos artistas que participam de outros eventos fora do estado, como Moara “Moka” e Gabriela Campelo “Camps” e agora eu. Acredito que essa experiência vai trazer muitas contribuições para a arte amapaense”, disse Kash.
O Meeting of Styles reúne artistas de todo o planeta para pintar murais em grandes cidades.
A edição brasileira do evento é uma ótima oportunidade para os artistas exibirem suas obras para uma audiência variada e ampla, bem como para se conectarem e colaborarem com outros profissionais da área.
Kash Alves
Artista natural de Macapá, Kash Alves tem se destacado na cena local junto a amigos que enchem a cidade de arte, cores e vida.
Kash começou a se interessar por arte urbana no ano de 2006, quando tinha 18 anos.
Ele tenta participar do concorrido processo seletivo desde 2020, mas somente neste ano conquistou o sonho de ver seu nome na lista, o que para ele representa reconhecimento importante de seu trabalho e um grande passo para sua carreira como artista.
Kash Alves grafita o Sapo Oswaldo.
Kash Alves/Arquivo pessoal
Estudos
O artista se formou em desenho técnico na escola Candido Portinari e atualmente é estudante de artes visuais na Universidade Federal do Amapá.
Ao longo dos anos, ele aprimorou sua técnica e agora é considerado um dos artistas de rua mais talentosos e promissores do estado.
Seu estilo é caracterizado pelo Wildstyle, lettering e a técnica de “Trhowup”. Ele também é conhecido por seu personagem registrado, o Sapo Oswaldo.
Wildstyle: inclui letras angulares, curvas, setas e linhas que se cruzam e se sobrepõem umas às outras de maneiras intricadas. O objetivo do Wildstyle é criar uma obra de arte abstrata que desafie o observador a decifrar as letras que estão escondidas dentro da composição.
Trhowup: é um tipo de graffiti rápido e simplificado que é geralmente usado para marcar território ou para cobrir grandes áreas rapidamente.
Apesar da comemoração, o artista enfrenta dificuldades para custear sua viagem e estadia durante o evento. Para isso, ele está sorteando em suas redes sociais uma obra de arte em um tamanho de até 9 metros. O vencedor poderá indicar uma referência e receber a pintura em muro ou parede da sua casa.
A diferença entre o grafite e a pichação
A diferença básica entre a pixação e o grafite é que a pixação é considerada uma forma de vandalismo ou ato de rebeldia, enquanto o ‘graffiti’ é visto como arte urbana, inclusive um produto artístico comercializável.
A pixação é um estilo de escrita urbana que geralmente consiste em letras e símbolos que são rapidamente aplicados em paredes, monumentos e outras superfícies urbanas de difícil acesso.
No Brasil, esse movimento tem origens no período da ditadura. Os pixadores muitas vezes usam tinta spray e pincéis para marcar seu território e enviar mensagens políticas ou sociais. A pixação é considerada ilegal em muitos países e pode resultar em multas, prisão ou outros tipos de punições.
O grafite, por outro lado, é geralmente visto como uma forma de expressão artística e muitas vezes é mais elaborado do que a pixação.
Os grafiteiros usam uma variedade de técnicas e estilos para criar obras de arte em paredes e outras superfícies urbanas, muitas vezes com a intenção de transmitir uma mensagem ou fazer uma declaração política ou social.
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