Município tem alta de casos de síndrome respiratória aguda grave, causada pelo vírus sincicial. Santa Casa tem lotação na UTI pediátrica. Mais 5 leitos de UTI e 20 de enfermaria serão abertos. Reunião define abertura de mais leitos pediátricos em São Carlos
Com alta de casos de síndrome respiratória aguda grave, causada pelo vírus sincicial respiratório, muitas crianças estão sendo internadas. Em São Carlos (SP), por exemplo, oito crianças estão em fila de espera em Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) aguardando por vagas, nesta quinta-feira (30).
A doença, que atinge principalmente crianças pequenas, leva a um desconforto respiratório.
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Nesta quinta, uma reunião no paço municipal, com representantes da Secretaria de Saúde, do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Santa Casa e do Departamento Regional de Saúde – 3, discutiu o assunto.
Inicialmente ficou definido a abertura de mais 6 leitos de uti pediátrica no HU e mais cinco leitos de UTI pediátrica para a Santa Casa. Elas serão custeadas pelo estado e devem começar a funcionar já no começo de abril.
Com recursos próprios, a prefeitura vai abrir 20 leitos de enfermaria na Santa Casa. A prefeitura está tentando contratar pediatras emergencialmente para reforçar as UPAs e as Unidades Básicas de Saúde.
Lotação
Leitos pediátricos estão 100% ocupados em São Carlos
A Santa Casa tem 7 leitos de UTI pediátrica e todos estão ocupados.
O hospital da Unimed tem 16 leitos. Nesta quinta, são 19 leitos ocupados na enfermaria de pediatria. São utilizadas vagas de outro setor para atender a demanda das crianças.
No Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), são 12 leitos pediátricos com 13 internados, sendo 7 em estado grave aguardando transferência para leito de UTI.
Santa Casa de São Carlos (SP)
Comunicação Santa Casa
Vírus sincicial respiratório
O vírus sincicial respiratório, que causa a bronquiolite, circula principalmente nos meses de inverno. Neste ano, atipicamente, os casos estão aparecendo já no começo do outono.
“Há uma expectativa que eles continuem aumentando até o inverno, mas esse é um vírus que a gente já conhece, sabe como ele se comporta e os problema ele pode acarretar. Esse ano o número de crianças acometidas com a doença um pouco mais grave é maior”, disse o diretor técnico da Santa Casa, Roberto Muniz Júnior.
“Boa parte das vezes a criança vai ter um resfriado, uma sinusite, um pouco de corisa, mas cerca de 3% dos casos podem evoluir para bronquiolite, que é essa doença pulmonar que o paciente tem dificuldade respiratória e precisa de suporte, como se fosse um quadro de asma”, destacou Muniz Junior.
Inalação com soro, medicação broncodilatadora e oxigênioterapia são os tratamentos para a doença. “Alguns vão piorar por isso a gente está incrementando ainda mais a capacidade dos hospitais para dar auxílio e atendimento para essas pessoas”, disse o diretor.
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