Coronel Robson Roberto não descartou possibilidade de instalar telas protetoras contra tubarões nem a volta do uso de barcos como o Sinuelo para monitorar os animais. Coronel Robson Roberto, presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit)
Reprodução/TV Globo
Diante do temor gerado pelos recentes ataques de tubarão na Região Metropolitana do Recife, algumas soluções adotadas e sugeridas nos últimos anos voltaram a ser discutidas. Entre elas, a instalação de telas protetoras e a retomada do uso de barcos como o Sinuelo para o monitoramento dos animais que se aproximam da costa.
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Questionado sobre esses temas após participar de reunião para discutir medidas de prevenção aos ataques nesta quinta (9), no Recife, o presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), coronel Robson Roberto, disse que a ciência será o “balizador” das decisões tomadas pelo colegiado.
“Tudo isso está voltado para aquele trabalho de pesquisa científica. O que a ciência nos mostrar que é um caminho viável, que a gente possa operacionalizar para diminuir os incidentes com tubarão, a gente vai fazer com certeza”, ressaltou.
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Sobre as telas de proteção, ele lembrou que há experiências internacionais com esse tipo de tecnologia.
“Essa questão já foi discutida no passado. Com certeza, esse é um dos temas que, se for abordado e mostrar alguma eficiência operacional, será feito”, comentou.
Recentemente, a ONG Instituto Praia Segura defendeu a volta da discussão sobre a instalação das telas. Porém, o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marcelo Carneiro, disse ser contra a medida.
Sinalização de segurança
O presidente do Cemit informou que foram trocadas as placas de alerta sobre a presença de tubarões nas imediações da Igrejinha de Piedade, onde um adolescente de 14 anos foi atacado no domingo (5).
De acordo com ele, também foi solicitada a colocação de sinalizações na área onde a jovem de 15 anos foi mordida, a 500 metros do local do primeiro incidente.
“Começamos a monitorar o que temos de placas deterioradas e a Secretaria de Defesa Social está providenciando a compra dessas placas”, anunciou.
O coronel Robson Roberto lembrou ainda que a população deve respeitar as sinalizações.
“A gente pede que se respeite o poder de polícia do guarda-vidas e as orientações. Se o banhista for convidado a sair da água, é porque o bombeiro tem conhecimento técnico específico para pedir que ele se retire porque está colocando a sua vida e a do guarda-vidas em risco”, afirmou.
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