Mutirão contra a dengue vistoria 2 mil imóveis em Ribeirão Preto, SP; casos da doença têm alta de 127%

Secretaria de Saúde percorreu bairros Jardim Progresso, Jardim Juliana e Santa Cruz no sábado (4), sendo que 91 focos de larvas do mosquito transmissor foram eliminados. Exame para diagnóstico de dengue em Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto (SP) vistoriou 2.049 imóveis durante o trabalho de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya neste sábado (4). Segundo a pasta, as equipes da Vigilância Ambiental eliminaram 91 focos de larvas.
A ação percorreu os bairros Jardim Progresso, Jardim Juliana e Santa Cruz. Cerca de 180 quilos de materiais que constituíam criadores expostos a céu aberto nos quintais das residências foram recolhidos, além de 103 pneus.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, 626 casos de dengue foram confirmados até a sexta-feira (2) em Ribeirão Preto (SP). No mesmo período no ano passado, 275 pessoas contraíram a doença. O aumento é de 127%. Nenhum óbito foi registrado neste intervalo em 2022 e 2023.
Nos primeiros meses de 2022, as áreas mais afetadas da cidade foram as zonas Norte e Leste e o Centro. A maior parte dos infectados tinha dos 20 aos 39 anos.
Já em 2023, a região Leste registra a maior parte dos casos de dengue, seguida pela Oeste e Central. A faixa etária que mais contraiu a doença é a mesma, porém, com destaque para o aumento da doença em adultos de 40 a 59 anos e jovens de dez aos 19 anos.
Principais sintomas
Febre alta > 38°C
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
A infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadro leve. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Garrafa destampada pode virar criadouro do mosquito transmissor da dengue
Reprodução/EPTV
Como prevenir
Para evitar a reprodução do Aedes aegypti, o Ministério da Saúde reúne uma série de orientações. Confira abaixo:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
Frascos de teste da vacina contra a Dengue da Takeda.
TAKEDA/DIVULGAÇÃO
Vacina contra a dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na quinta-feira (2), o registro de uma nova vacina contra a dengue, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma. O imunizante abrange pessoas dos quatro até os 60 anos.
É o primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue, mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença.
Segundo representantes do laboratório japonês, a vacina deve estar nas clínicas particulares do Brasil no segundo semestre deste ano. Ainda não há previsão de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS), mas o Ministério da Saúde afirma que a questão é tratada como prioridade.
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05/03/2023 18:40

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