Justiça do interior de SP condena grupo que aplicava ‘golpe do nudes’ por exploração sexual de menores e extorsão

Criminosos do RS abordavam vítimas pelas redes sociais e trocavam conteúdo íntimo. Depois, o grupo extorquia as vítimas para evitar processos jurídicos. Um morador de Itapeva (SP) denunciou o golpe à polícia, que culminou na condenação. Operação policial prende grupo do RS suspeito de aplicar ‘golpes de nudes’ em Itapeva
Polícia Civil/Divulgação
Nove pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em aplicar o “golpe do nudes” foram condenadas pela Justiça de Itapeva (SP) por extorsão, exploração sexual de menores e divulgação de conteúdos pornográficos.
As penas, que variam entre 19 a 22 anos de prisão em regime inicial fechado, foram definidas pela 2ª Vara Judicial, em audiência na segunda-feira (27).
A organização criminosa é do Rio Grande do Sul e alguns deles atuavam dentro de estabelecimentos do estado, utilizando aparelhos celulares.
De acordo com o promotor de Justiça Hamilton Antônio Gianfratti Júnior, a ação criminosa foi descoberta após a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapeva receber uma denúncia.
Intitulada como “Quinto Pecado”, a investigação apontou que os suspeitos, utilizando perfis falsos, entravam em contato com as vítimas através de redes sociais e aplicativos de mensagem. Durante a conversa, os criminosos coagiam as vítimas a trocarem fotos e vídeos de conteúdo íntimo de menores de idade.
Policiais de Itapeva, no interior de SP, apreenderam celulares durante operação no RS
Polícia Civil/Divulgação
Ainda segundo a investigação, no dia seguinte, as vítimas recebiam uma mensagem de um suposto advogado, que estaria representando os pais dos menores, solicitando o repasse de valores para evitar consequências jurídicas.
Integrantes do grupo criminoso ainda se passaram por delegados de polícia e por um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul.
Diante das evidências, em 4 de novembro de 2021, cinco mandados de prisão e 13 de buscas e apreensão foram expedidos pela Justiça.
A investigação foi coordenada pela Polícia Civil do estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Participaram da operação policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Itapeva, Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher (DPM) de Itaberá, distritos policiais, Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Porto Alegre, delegacia de Vacaria, Caçapava do Sul e Santa Maria.
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29/03/2023 19:05

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