O Assunto #929: Israel – protestos históricos e a democracia em xeque

Há três meses, ondas de manifestantes avançam sobre as ruas de diversas cidades israelenses – um fenômeno que culminou no maior dos atos, com mais de 600 mil pessoas neste fim de semana e decretou greve geral. O estopim foi a exoneração do ministro da Defesa, demitido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu depois de se opor à proposta do governo de uma reforma do Judiciário. Netanyahu se uniu aos partidos mais radicais e ultra religiosos para voltar ao poder em novembro do ano passado, após sucessivos escândalos de corrupção. Desde então, acentuou a guinada de Israel à extrema-direita. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Há três meses, ondas de manifestantes avançam sobre as ruas de diversas cidades israelenses – um fenômeno que culminou no maior dos atos, com mais de 600 mil pessoas neste fim de semana e decretou greve geral. O estopim foi a exoneração do ministro da Defesa, demitido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu depois de se opor à proposta do governo de uma reforma do Judiciário. Netanyahu se uniu aos partidos mais radicais e ultra religiosos para voltar ao poder em novembro do ano passado, após sucessivos escândalos de corrupção. Desde então, acentuou a guinada de Israel à extrema-direita. Para descrever os protestos contra a reforma judiciária e os riscos à democracia e à segurança dos grupos minoritários, Natuza Nery conversa com Paola de Orte, correspondente da GloboNews e do jornal O Globo no Oriente Médio, e com Michel Gherman, professor de sociologia da UFRJ e do Instituto Brasil-Israel. Neste episódio:
Paola narra o clima das ruas de Tel Aviv: o que dizem os manifestantes, os serviços paralisados, a reação da polícia e a ameaça de radicais conservadores. Ela alerta para o risco de que, em breve, “pode ser que comecem os atos de violência”;
A jornalista informa como a proposta de reforma polariza a sociedade israelense, gera oposição até de setores militares e “abala a segurança e a economia do país” – resultado da aliança inédita entre Netanyahu e os grupos extremistas religiosos: “Esse é um momento definidor”;
Michel descreve os “três pontos fundamentais” da reforma do Judiciário: a escolha dos juízes da Suprema Corte, a possibilidade do Parlamento de reverter decisões do Supremo e a perseguição a grupos minoritários. “É um projeto de autoritarismo e ditadura, sem sombra de dúvida”, afirma;
Ele também explica que Israel passa por um “momento inédito”, mas é também a ponta de lança de um movimento transnacional de extrema-direita e neofascista, do qual fazem parte Trump, Orban e Bolsonaro. “Quem vai salvar Israel é a sociedade civil. A extrema-direita perde diante da frente ampla”.
🔔 O g1 agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar
O que você precisa saber:
Israel: premiê adia reforma do Judiciário após protestos
Ministro da Defesa: exonerado por postura contra reforma
Netanyahu: aval do Parlamento rumo a regime autoritário
Governo: sobrevive a moção de censura sob greve e protestos
Militares: por que se opõem a reforma proposta por Netanyahu
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.
Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto
g1

28/03/2023 03:49

Nenhuma visita