Despedida do Skank: conheça os lugares de BH cantados nas músicas da banda

Cidade onde o quarteto nasceu, em 1991, e escolhida para a despedida dos palcos está presente em diversas músicas. Show de despedida do Skank acontece neste domingo (26), no Mineirão
Reprodução/Fantástico
É impossível falar de Skank sem lembrar de Belo Horizonte. Mais do que a cidade onde a banda nasceu, em 1991, e onde, mais de 30 anos depois, despede-se dos palcos neste domingo (26), a capital mineira é parte da história de cada integrante e está presente nas letras das canções e até nas imagens dos clipes.
O g1 reuniu algumas referências a BH nas músicas do quarteto. Conheça:
Mercado Distrital do Cruzeiro
Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte
Mercado do Cruzeiro/ Instagram/ Reprodução
“Funk lá no morro da Mangueira
Essa menina tá dizendo sim, eu sei
Noite bamba, tudo à beça
Baião na rampa do Cruzeiro (…)”
O Cruzeiro citado pelo Skank na música Jackie Tequila, do álbum “Calango”, de 1994, não é uma referência ao time do coração de Samuel Rosa e do tecladista Henrique Portugal, e sim ao Mercado Distrital do Cruzeiro, no bairro de mesmo nome, na Região Centro-Sul de BH.
O espaço abriga uma variedade de comércios: tem venda de frutas e legumes, loja de frios, adega, utilidades domésticas, casa de carnes, laticínios e uma varanda gastronômica. Além disso, conta com um espaço destinado a atividades culturais e artísticas.
Cine Pathé
Fachada frontal do Cine Pathé nos anos 1960/ Fachada do Pathé após o fechameno do cinema, em 2006
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“(…) Não diga que não vem me ver
De noite eu quero descansar
Ir ao cinema com você
Um filme à toa no Pathé (…)”
O Pathé foi um cinema de rua inaugurado em 1948 na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nos anos 1950, recebeu vários sucessos de bilheteria e, a partir da década de 1960, tornou-se referência em cinema de arte.
A música Tão Seu, que cita o Cine Pathé, faz parte de “O Samba Poconé”, álbum de maior sucesso da banda, lançado em 1996. Três anos depois, o cinema de rua foi fechado, deixando saudade nos belo-horizontinos.
Avenida do Contorno
Avenida do Contorno, em Belo Horizonte
Ernane Fiuza/TV Globo
“Quando eu disse a ela que o amor passou
A cidade levemente flutuou
Ondas amarelas na Contorno cheia
A cidade simplesmente me odeia (…)
A “Contorno cheia” da canção Eu Disse a Ela, também do álbum “O Samba Poconé”, faz referência à Avenida do Contorno, uma das mais importantes e movimentadas de Belo Horizonte, que circunda a área central da cidade.
A mesma música ainda cita outra via da capital mineira: a Rua Opala, no bairro Cruzeiro: “Mesmo sabendo que a vida nos engana, mesmo sabendo que a Opala não é plana”. O letrista Chico Amaral, que compôs junto com Samuel Rosa diversos sucessos do Skank, morava perto dali.
Mineirão
Mineirão Belo Horizonte
Guilherme Macedo/ge
” (…) No hospital, no restaurante
No sinal, no Morumbi
No Mário Filho, no Mineirão
Menino me vê, começa logo a pedir
Me dá, me dá, me dá um dinheiro aí (…)”
O Gigante da Pampulha é um dos estádios cantados pelo Skank na música Esmola, do disco “Calango”.
O Mineirão também aparece no clipe de É Uma Partida de Futebol (“O Samba Poconé”). Além disso, foi palco da gravação do CD e DVD “Multishow ao Vivo – Skank no Mineirão”, em 2010, e agora será o cenário da despedida do quarteto.
Periferia de BH
Vista do Cabana do Pai Tomás, em Belo Horizonte.
Reprodução/ Facebook/ Cabanadoc
“(…) Vila Dias, Papagaio, Cafezal, Pendura Saia
Pau Comeu, Pai Tomás, Santa Marta, o morro indignado
A nossa indignação
É uma mosca sem asas
Não ultrapassa as janelas
De nossas casas (…)”
A música Indignação, do álbum de estreia “Skank”, de 1993, cita diversas comunidades e periferias de Belo Horizonte: Vila Dias, Morro do Papagaio, Pau Comeu, Cabana do Pai Tomás e a extinta Pindura Saia, onde a escritora Conceição Evaristo nasceu e foi criada.
A canção ainda faz referência à maior área de prostituição de Belo Horizonte, a Rua Guaicurus, e a blocos caricatos da cidade, como Satã e seus Asseclas.
Bar Nacional
“Aqui nesse mundinho fechado ela é incrível
Com seu vestidinho preto indefectível
Eu detesto o jeito dela, mas pensando bem
Ela fecha com meus sonhos como ninguém (…)”
O sucesso Garota Nacional, do álbum “O Samba Poconé”, não cita o Bar Nacional na letra, mas no título. O local funcionou entre 1994 e 1997 na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte.
Samuel Rosa já disse que o bar era o “destino predileto” de boa parte dos belo-horizontinos na época, e que a letra, de Chico Amaral, foi uma homenagem a mulheres que passavam pelo Nacional.
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