Operação ‘Tá no Grale’ aponta que investigados movimentaram mais de R$ 4,5 milhões com rifas ilegais em menos de um ano

Valor foi arrecadado entre maio de 2022 e fevereiro deste ano. Cinco veículos que seriam sorteados foram apreendidos durante a investigação. Carros apreendidos durante a o período de investigação
Divulgação/Polícia Civil
Carros apreendidos durante a o período de investigação
Divulgação/Polícia Civil
A realização de rifas digitais, consideradas ilegais, movimentou mais de 4,5 milhões no Tocantins. Três investigados teriam arrecadado o valor em menos de um ano através das redes sociais. O balanço da 1ª fase da operação ‘Tá no Grale’ foi divulgado nesta sexta-feira (24).
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De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos, que possuem muitos seguidores nos perfis pessoais e são considerados influenciadores, teriam promovido diversos sorteios não autorizados. Entre os bens anunciados estão carros de diversos valores e motos.
Em uma das divulgações nas redes, um dos investigados anunciou um carro no valor de R$ 90 mil. Mas com a venda das rifas, arrecadou cerca de R$ 499 mil. Ou seja, ele teria conseguido R$ 409 mil com de forma irregular, conforme apontou a polícia.
No final de fevereiro, uma influenciadora digital foi indiciada pela prática ilegal. Em apenas uma das ações ela chegou a arrecadar R$ 129 mil em 45 dias, segundo a polícia. Os outros dois foram indiciados no dia 14 de março deste ano. Conforme a investigação, eles vendiam rifas digitais por centavos através uma plataforma e nas redes sociais.
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Na primeira fase da operação, foram apreendidos quatro carros e uma moto, avaliados em R$ 640 mil e bloqueio bancário de valores de R$ 635 mil. Outro carro, no valor de R$ 150 mil, está fora da capital e um dos investigados informou, através da defesa, que vai entregar o veículo à polícia. Isso totaliza o valor de R$ 1.425.000 milhão em bens apreendidos.
A irregularidade caracteriza contravenção pela prática de loteria não autorizada, segundo informou o delegado Gustavo Henrique da Silva Andrade, que conduziu as investigações.
Para realizar esse tipo de sorteio, é preciso uma autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, do Ministério da Economia (Secap). Nenhum dos influenciadores investigados tinha essa autorização, informou o delegado.
Os investigados podem responder por estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, as penas podem ser de mais de 30 anos de prisão, informou a polícia.
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24/03/2023 21:11

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