Ainda sem acordo, greve dos servidores municipais de Limeira é suspensa por conta de liminar

Trabalhadores seguem determinação da Justiça e aguardam nova mesa de negociações, que ocorre nesta quarta-feira, para decidir o futuro da greve. Servidores de Limeira iniciam paralisação
Gustavo de Sousa/Arquivo pessoal
A greve dos servidores municipais de Limeira (SP) foi suspensa nesta terça-feira (14), por conta de uma liminar da Justiça que determina a manutenção de todos os serviços essenciais, como saúde e educação.
Nesta segunda-feira (13), parte dos servidores paralisaram os serviços e se reuniram em frente ao Paço Municipal devido à falta de acordo quanto ao reajuste salarial da categoria neste ano. A prefeitura já tinha conseguido a liminar deste sexta-feira (10), mas ainda assim a greve teve início.
Na última semana o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) informou que, em mesa de negociação, a prefeitura ofereceu 5,77% de reajuste, mas a categoria reivindica 15%.
Já a prefeitura informou, também na última semana, que propôs um reajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março de 2022 até fevereiro de 2023, de 5,63%, e que o índice de março só seria divulgado por volta do dia 10.
O Sindsel informou nesta terça ao g1 que recorreu da liminar, mas aguarda a decisão da Justiça. Enquanto isso, os servidores voltaram aos seus postos de trabalho, mas usam roupas pretas em forma de protesto.
Ainda conforme a entidade, nesta quarta-feira (15), às 15h, haverá uma nova mesa de negociação com a prefeitura e em seguida uma assembleia dos servidores, para definir o futuro da greve. Por enquanto, está mantido o estado de greve, mas os funcionários estão trabalhando normalmente.
Liminar
Na última sexta-feira (10) a prefeitura informou em nota que conseguiu uma liminar que determina a manutenção de 100% dos servidores municipais em serviços considerados essenciais. Em caso de descumprimento, o Sindsel deveria pagar uma multa diária de R$ 50 mil.
A juíza da Vara da Fazenda Pública de Limeira, Sabrina Martinho Soares, argumenta que há um “perigo de dano concreto” na paralisação.
Segundo a decisão, o dano se dá “notadamente com relação aos serviços relacionados à educação, saúde, transporte e segurança da população”.
O que diz a prefeitura
Em nota nesta segunda-feira, a administração municipal apontou que o Sindsel manteve a paralisação mesmo após a determinação da manutenção dos serviços essenciais e que o movimento reuniu cerca de 500 manifestantes em frente ao Paço Municipal, a maioria servidores da educação.
A prefeitura também voltou a destacar trecho da decisão sobre riscos de danos aos serviços de educação, saúde, transporte e segurança. E que, segundo a juíza, o sindicato “sequer previu a garantia da prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidade inadiáveis da comunidade'”.
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14/03/2023 16:27

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