Caso aconteceu no bairro de Portão, em Lauro de Freitas. Manifestantes pediram que PM retifique a informação de que Genivaldo Silva estava com drogas e arma. Amigos de Givanildo Lino realizam protesto; homem foi morto durante ação da PM
Familiares e amigos do marceneiro Genilvado Silva, de 36 anos, fizeram um protesto na BA-099, em trecho da cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, no início da tarde desta segunda-feira (13), após o sepultamento do homem morto após uma ação policial, no último sábado (11).
Homem morre após ação policial na BA; família diz que ele foi confundido com criminosos
Grupo faz protesto na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas
O corpo do marceneiro foi enterrado nesta segunda, no Cemitério Municipal de Portão, em Lauro de Freitas, às 10h. Em seguida, o grupo fechou as duas vias, com pneus queimados.
Os manifestantes pediram Justiça e que a Polícia Militar retifique a informação divulgada que encontrou uma pistola calibre .40, sete munições de .40, 34 pinos de cocaína e 79 trouxas de maconha na mochila de Givanildo Silva. Eles alegam que tinham apenas ferramentas de trabalho na sacola.
“O Estado tem que se responsabilizar por isso. Eu, como irmão, não posso calar. A gente não quer briga com ninguém, mas que seja retificado urgentemente essa nota de que ele morreu como traficante”, disse um dos irmãos do marceneiro.
A família também procura os documentos do marceneiro, que não foram encontrados nos bolsos da roupa em que ele vestia e nem na mochila.
“Nós queremos saber onde está a documentação dele, por qual motivo implantaram todas essas drogas contra ele, que ele não carrega isso nas costas e queremos saber quem vai ficar responsável pelos três filhos e esposa dele”, afirmou.
Família e amigos fzeram um protesto na BA-099 após sepultamento de marceneiro morto em ação policial na Bahia
Reprodução/TV Bahia
A Polícia Militar disse que durante rondas feitas na localidade conhecida como Vila Nova de Portão no Pé Preto, no bairro de Portão, os PMs viram um grupo de homens armados e houve um confronto.
De acordo com a PM, quando a troca de tiros terminou, os militares encontraram Givanildo Silva caído no chão. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Menandro de Faria, também em Lauro de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos.
A PM afirmou que encontrou arma, munição e drogas com Givanildo Souza, mas a família dele nega a informação.
Em entrevista ao Bahia Meio Dia, programa da TV Bahia, o major Márcio Pitangueira, comandante da 52ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), disse que os policiais que participaram da ação contaram essa versão na Corregedoria da Polícia Militar e ela será apurada.
“Será apurada com total imparcialidade. Quero deixar claro para a população que o canal de comunicação está aberto tanto para essa ocorrência, como para qualquer assunto que queira tratar com a Polícia Militar”, disse o major.
“Os policiais mantém a versão deles. A gente tem que tratar com total imparcialidade e a verdade será apresentada”.
Após a morte de Givanildo Silva, um grupo já havia realizado um protesto, também na BA-099.
Grupo faz protesto em Lauro de Freitas
Grupo fez protesto na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas na noite de sábado
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