A brasileira foi considerada uma das mulheres negras mais influentes do mundo. Já a americana virou símbolo da luta contra o racismo, nos anos de 1950. ‘Mulheres Fantásticas’: a trajetória cheia de altos e baixos da criadora do maior evento de cultura negra da América Latina
O Fantástico deste domingo (12) traz histórias de “Mulheres Fantásticas” que lutaram contra o racismo. A americana Rosa Parks fez história em 1955 quando se recusou a acatar uma ordem racista dentro de um ônibus. No Brasil, Adriana Barbosa relembra trajetória cheia de reviravoltas até se tornar a criadora do maior evento de cultura negra da América Latina.
Nos EUA
Neta de escravizados, Rosa Parks sonhava com a igualdade racial. Na época do colégio, a menina estudiosa não podia andar no mesmo ônibus dos brancos e não entendia o motivo. Aos 42 anos, tudo mudou. Ao voltar do trabalho, ela entrou no ônibus, pagou a passagem e se sentou na primeira fileira para negros.
Só que o ônibus foi enchendo e alguns passageiros brancos ficaram de pé. O motorista parou, mudou a placa de “pessoa de cor” para o banco atrás do dela e mandou ela se levantar. Rosa não se levantou, e um policial a levou para a cadeia. Começava naquele momento a revolução pelo fim da desigualdade. Rosa virou um símbolo da luta racial.
No Brasil
A paulistana Adriana Barbosa é a criadora do maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina. Ganhadora de muitos prêmios e uma das pessoas negras mais influentes do Brasil, ela vem de uma família de mulheres fortes.
Quando esteve desempregada, montou um brechó com as próprias roupas e vendia nas feiras de rua e mercados alternativos. Em 2002, na praça Benedito Calixto, em Pinheiros, na capital paulista, nascia a primeira edição da Feira Preta.
Com o tempo, a expectativa foi crescendo e Adriana acabou se endividando. Afundada em dívidas e deprimida, foi convidada para jantar com Barack Obama.
Para chegar a Nova York, Adriana recebeu doações de mais de 90 pessoas desconhecidas. Foi assim que ela conseguiu participar do evento ao lado de Lázaro Ramos e Taís Araújo, além de lideranças de muitos outros países. Nesta premiação, ela foi considerada uma das 51 pessoas negras mais influentes do mundo.
A partir da experiência da Feira Preta, ela criou a plataforma Preta Hub.
“Temos muitos cursos e criou uma metodologia própria de educação empreendedora (…). Esse ano, a gente aportou mais de R$2 milhões em mulheres negras espalhadas pelo Brasil”, explica Adriana.
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