Lá, o visitante passeia por cenários, conhece os bastidores e ainda pode entrar na dança, para se sentir uma estrela da Broadway por alguns segundos. Museu interativo conta a história dos musicais da Broadway
O glamour dos musicais ganhou um museu em Nova York. Lá, o visitante passeia por cenários, conhece os bastidores e ainda pode entrar na dança, para se sentir uma estrela da Broadway mesmo que por alguns segundos.
Em cartaz, o distrito teatral mais famoso do mundo. O Museu da Broadway guarda as memórias dos espetáculos mais tradicionais e também dos mais inovadores, surpreendentes e revolucionários de Nova York.
Histórias de 51 teatros nos arredores da Times Square que, só na última temporada, atraíram um público de quase 15 milhões de pessoas e arrecadaram quase US$ 2 bilhões.
As cortinas se abriram pela primeira vez há quase 300 anos, como explica Diane Nicolettu, umas das fundadoras do museu.
“Foi em 1732. Tínhamos que decidir por onde começar a contar essa história e esse foi o ano da primeira apresentação registrada aqui em Nova York”, conta.
O museu é um mergulho em montagens inesquecíveis.
a escadaria de “Wicked”, baseada em “O Mágico de Oz”, parece ter saído da cidade das esmeraldas
as cores psicodélicas do verão do amor e os figurinos celebram o clássico “Hair”; um convite para um passeio por tempos mais leves
ou pelo milharal do musical “Oklahoma”, montado pela primeira vez há 90 anos
retratos de uma Nova York deteriorada reproduzem o cenário de “Rent”; o enorme sucesso dos anos 1990 fala dos aluguéis altíssimos na cidade e da epidemia da Aids
Tudo para o visitante se sentir como se estivesse no palco. No museu é possível entrar em uma parte do set de “West Side Story”, ou “Amor, Sublime Amor”, que já ganhou duas versões no cinema. E dá até para dançar como uma das personagens.
O capricho com o figurino é minucioso. Seja pra falar de uma paixão nas coxias de um teatro, de um par de botas atrevidas ou até de uma savana na África. Entre os figurinos exibidos no museu, esse vestido todo rendado, usado por uma atriz até então desconhecida na estreia dela na Broadway. O ano era 1975 e a atriz é Meryl Streep.
Como o cinema, os teatros da Broadway falam uma língua que encanta gente do mundo inteiro, como conta Julie Boardman, uma das fundadores do museu.
“Várias peças e musicais têm histórias tão específicas que se tornam universais. Seja sobre Berlim nos anos 1930, como em “Cabaré” – que também tinha semelhanças com os Estados Unidos da época – ou “O Rei Leão”, que mesmo sendo sobre animais na África também é uma história sobre a relação de pai e filho – algo incrivelmente universal”, ressalta.
Um convite pra rir, chorar, dançar e se emocionar. “A Broadway cresceu como uma forma de arte que continua a evoluir, quebrar barreiras, correr riscos e, ao mesmo tempo, criar e retratar o que acontece nos Estados Unidos e no mundo”, afirma Julie.